A borracha sanitária é matéria-prima de lençóis e mantas atóxicos, fabricados especialmente para o segmento sanitário, na indústria de alimentos, onde se devem utilizar materiais com nenhum ou pouco percentual de contaminação.
Quando produzidos em forma de lona, esses materiais são ainda mais resistentes à tração e aos rasgos. Para sua fabricação, deve-se utilizar borracha de ótima qualidade, natural (NR), SBR, Nitrilica, Neoprene, EPDM ou Silicone, que além de aplicações sanitárias, amplamente empregadas também na indústria de automóvel e na indústria mecânica.
APLICAÇÕES PARA LENÇOL DE BORRACHA SANITÁRIA ATÓXICA
Devido à resistência a altas temperaturas, resistindo a ambientes expostos a -40ºC a até 70ºC, podendo ser elaborada especificamente para resistir a temperaturas superiores, a borracha sanitária, também denominada borracha atóxica, é recomendada para manipulações na indústria de alimentos; mais precisamente em esteiras de transporte de produtos, revestimento de balcão e piso da área sanitária.
A borracha de poliuretano é recomendada para essa área, devido suas propriedades de não interferir nas condições do ambiente e do produto alimentício que é manipulado. Apresenta-se, sobretudo, como uma borracha limpa e inodora.
Geralmente, a borracha atóxica é comercializada disponível na cor branca, para melhor adequação ao ambiente onde é instalada, como por exemplo, a indústria de açúcar, de alimentos em geral e onde se exige alto padrão de higienização. Disposta nesses setores apresenta boa resistência à abrasão, ao impacto e ao corte.
Ainda nessas aplicações, não se recomenda o uso de borracha atóxica em situações de contato com ozônio, combustíveis em geral derivados do petróleo. Além disso, pode-se utilizá-la como matéria-prima de arruelas, revestimentos isolantes, elementos de transmissão, juntas flexíveis e elásticas, suportes, suspensão e diafragmas, entre tantas outras aplicações.
ALGUMAS INFORMAÇÕES SOBRE A BORRACHA ATÓXICA
Recomenda-se a borracha nitrílica, à base de látex, Nitrílica, EPDM, Silicone ou SBR para a produção da borracha sanitária, por sua elevada resistência ao desgaste e ao óleo.
O lençol sanitária pode apresentar superfície lisa em ambos os lados, um lado com superfície lisa e outro lado com superfície texturizada, ou ainda, impressão de lona em um dos dois lados ou em ambos.
A borracha sanitária confere ao lençol de borracha aplicado na indústria alimentícia, propriedades mecânicas superiores, excelente dinâmica, propriedades de reboud, suporta temperatura de -40ºC até aproximadamente 70ºC.
COMPOSTOS UTILIZADOS PARA FABRICAÇÃO DA BORRACHA SANITÁRIA
Quando se optar pela borracha SBR (de butadieno estireno) para constituir produtos para serem aplicados em ambientes sanitários, como lençóis, placas ou mantas, pelo fato de o elastômero apresentar estrutura molecular insaturada, o produto resultante é moderadamente resistente ao gás ozônio e intempéries.
Essa borracha formulada à base de butadieno e estireno é uma borracha sintética, mas com ampla gama de aplicações e, talvez, o tipo de borracha mais recorrente em todo o mundo, nas mais diversas áreas do setor industrial. Devido à sua estrutura, apresenta aspecto termoplástico, acarretando mais praticidade ao trabalhar. A maior parte das formulações de SBR é polimerizada por emulsão, enquanto o menor percentual, cerca de 10% a 15% é polimerizado em solução.
A borracha nitrílica (NBR) faz parte da classe de borrachas especiais, que apresentam bom comportamento em aplicações com presença de óleo. Como semelhança à borracha apresentada anteriormente, em sua formulação, também apresenta butadieno, porém, combinado com acrilonitrilo, e sua polimerização também ocorre por meio de processo de emulsão, como na borracha SBR; no entanto, pode ser realizada a quente ou a frio, onde também se obtém os chamados “hot nitriles” e “cold nitriles”, a uma temperatura que pode variar de 5ºC a 30ºC.
Na formulação de NBR, assim como da borracha SBR, há padrões que são responsáveis por determinar as características do elastômero, para que possa ser comercializado com funcionalidade definida. O exemplo disso está o controle do teor de acrilonitrilo (que determina a índice de resistência ao óleo e a flexibilidade à baixa temperatura), a modificação da cadeia (que resulta em diferenças no aspecto da viscosidade Mooney), a estabilidade da formulação (que provoca alterações na pigmentação e na estabilidade durante a armazenagem) e a mistura com o material PVC (que produz a borracha denominada como NBR ou PVC).
Já os compostos utilizados para produção de materiais à base de Neoprene, utilizados na indústria alimentícia, são polimerizados com adição de cloropeno (2 cloro-1,3 butadieno). Essa borracha foi registrada pela empresa DuPont, e é popularmente reconhecida por esse nome, enquanto quimicamente é denominada policloropreno (CR).
Se esse composto for polimerizado sem aditivos, torna-se um material extremamente rígido e insolúvel, inviável de processado, por qualquer mecanismo de modificação, a menos que se decomponha a cadeia desse polímero, possibilitando pontos de clivagem. Isso se dá de duas formas: por tiurame ou modificado por enxofre, ou sem enxofre, com alteração por meio do mercaptano.
O tipo de policloropreno, ou seja, Neoprene, utilizado é o que vai definir a pigmentação do material final, que pode chegar a uma coloração light âmbar, branco suave ou a um tom de cinza prateado. Por suas propriedades atestadas pela DuPont, é recomendada para diversas aplicações como um material altamente resistente ao óleo e ao ozônio.
Os lençóis produzidos para ambientes sanitários, compostos pela borracha de etileno-propileno-dieno (EPDM) são também resistentes ao ozônio e a intempéries.
O grupo EPDM contém vários tipos de borracha, inscritos nos grupos dos copolímeros e dos terpolímeros. Os primeiros são referenciados pela borracha de EPM, que apresenta uma cadeia insaturada, do tipo polimetileno e é obtida através da copolimerização do etileno e dp propileno. Já os terpolímeros equivalem à borracha denominada química e comercialmente como EDPM, que por sua vez, apresenta cadeia insaturada, sendo, dessa forma, um EPM insaturado.
E finalmente, o polímero de silicone, também utilizado para produção de borracha sanitária, apresenta uma cadeia polimérica composta por átimos de silício e de oxigênio. Os átomos de silício transportam radicais orgânicos, como por exemplo, os radicais de metilo. As propriedade do composto vulcanizado de silicone que é atribuído aos lençóis e mantas atóxicos utilizados nos ambientes sanitários são a resistência ao calor, capacidade de se manter estável e flexível sob baixas temperaturas, resistência ao oxigênio, ao ozônio e aos raios ultravioleta. Além disso, apresenta-se como um excelente isolante elétrico.